Olá pessoal,
Retomando...Depois de 1 ano e seis meses, eis me aqui novamente.
Foi muito difícil ficar todo esse tempo longe de vocês, mas desde então estou enfrentando muitos desafios pessoais.
Um deles vou compartilhar com vocês, essa jornada será longa, mas no atual momento em que estamos vivendo, se faz necessário cada vez mais relatar e divulgar certas informações.
Um deles vou compartilhar com vocês, essa jornada será longa, mas no atual momento em que estamos vivendo, se faz necessário cada vez mais relatar e divulgar certas informações.
Então...Bora lá.
Exatamente no dia 08 de maio de 2018 fui diagnosticada com Câncer de Mama.
Esse foi o dia mais louco da minha vida, nesse dia passei por uma bateria de exames no Hospital Samaritano, aqui em São Paulo, a princípio fiquei um pouco assustada, mas conforme chegava no setor de cada exame, era recebida com um sorriso e com muita atenção.
Foi uma semana tensa, pois ocorria a greve dos caminhoneiros e como fiz exames de terça-feira até na sexta-feira, indo e vindo, não sabia se poderia continuar por causa da gasolina, mas no final tudo se encaminhou para o melhor.
No dia 15 de maio, na volta com os resultados, na minha médica mastologista, o resultado: positivo para carcinoma invasor.
"Ok!" Justamente essa foi a minha reação...pasmem.
Ela me olhou e não sei ao certo se ficou chocada com a minha reação ou aliviada. Simplesmente respondi "Confio em você e no processo". E então iniciamos a jornada.
Três biópsias, consulta com a oncologista e mais e mais informações a serem absorvidas.
A oncologista então, soltou a bomba: "Quimioterapia: 4 vermelhas e 12 brancas" + cirurgia + radiologia e por fim...remédio. Ufa!
Novamente eu ouço da oncologista: "Alguma pergunta?"
Eu digo: "Só duas."
Esse foi o dia mais louco da minha vida, nesse dia passei por uma bateria de exames no Hospital Samaritano, aqui em São Paulo, a princípio fiquei um pouco assustada, mas conforme chegava no setor de cada exame, era recebida com um sorriso e com muita atenção.
Foi uma semana tensa, pois ocorria a greve dos caminhoneiros e como fiz exames de terça-feira até na sexta-feira, indo e vindo, não sabia se poderia continuar por causa da gasolina, mas no final tudo se encaminhou para o melhor.
No dia 15 de maio, na volta com os resultados, na minha médica mastologista, o resultado: positivo para carcinoma invasor.
"Ok!" Justamente essa foi a minha reação...pasmem.
Ela me olhou e não sei ao certo se ficou chocada com a minha reação ou aliviada. Simplesmente respondi "Confio em você e no processo". E então iniciamos a jornada.
Três biópsias, consulta com a oncologista e mais e mais informações a serem absorvidas.
A oncologista então, soltou a bomba: "Quimioterapia: 4 vermelhas e 12 brancas" + cirurgia + radiologia e por fim...remédio. Ufa!
Novamente eu ouço da oncologista: "Alguma pergunta?"
Eu digo: "Só duas."
A 1ª: "Posso fazer uso da touca térmica*?"
A 2ª: "Quando tempo dura o tratamento?"
Ela também ficou surpresa. Mas acabou com minhas chances de testar a touca. Disse que no meu caso o tumor tinha 5cm e que, o remédio por ser muito forte e o tempo de recuperação curto de 15 dias (entre uma sessão de quimio e outra), isso não funcionaria.
Ou seja, a touca não adiantaria.
Na segunda, ela disse que pelo processo entre a quimio, a cirurgia e a radioterapia levaria uns 6 meses (5 meses de quimio + 1 mês e meio de radio).
A 2ª: "Quando tempo dura o tratamento?"
Ela também ficou surpresa. Mas acabou com minhas chances de testar a touca. Disse que no meu caso o tumor tinha 5cm e que, o remédio por ser muito forte e o tempo de recuperação curto de 15 dias (entre uma sessão de quimio e outra), isso não funcionaria.
Ou seja, a touca não adiantaria.
Na segunda, ela disse que pelo processo entre a quimio, a cirurgia e a radioterapia levaria uns 6 meses (5 meses de quimio + 1 mês e meio de radio).
Bom, não tenho caso de câncer na família por parte da família da minha mãe, nunca presenciei, graças a Deus, ninguém do meu convívio direto, com câncer, faço, anualmente, meus exames de rotina, e até o momento nunca havia sido diagnosticado com nenhum problema.
Então, não sei qual seria a reação mais correta, de quem recebe a notícia, diante desse diagnóstico.
Então, não sei qual seria a reação mais correta, de quem recebe a notícia, diante desse diagnóstico.
Estou desde o ano passado (jul/17) enfrentando o desemprego por parte do meu marido, síndrome do pânico por parte da minha filha, a adolescência do meu filho, que, recentemente, completou 16 anos e por fim, o meu pet Spaike, que está com 15 anos, foi diagnosticado neste ano com artrose no joelho esquerdo.
Então...a barra é grande, exige coragem, muita fé e força para seguir em frente. Aliás, meu marido ainda esta desempregado.
Essa semana, no dia 04 de julho, vou me internar para colocar o cateter**, ele servirá para a introdução da quimio, através dele iniciará, no dia 05 de julho, a minha primeira sessão de quimioterapia vermelha.
A primeira providência que tomei foi aproveitar que meu cabelo não tem remédio e cortá-lo, em seguida fui até o ICESP - Instituto do Câncer de São Paulo e lá eles fazem um trabalho com a ONG "Peruca Solidária", que criam perucas, a partir de cabelos doados, para pessoas que estão passando por tratamento contra o câncer e necessitam melhorar a sua autoestima.
A segunda providência foi mudar a alimentação, pois nesse processo é fundamental eliminar o açúcar e alguns carboidratos do cardápio, tomar muita água e utilizar mais alimentos orgânicos.
Então, por ora, é isso.
Não sei bem o que me espera, mas pretendo encarar tudo com muito otimismo. Peço aos seres iluminados e ao mestre Jesus, seriedade, paciência e muita fé, para que todo esse processo tenha êxito. Pois agora, só depende de mim.
Não sei bem o que me espera, mas pretendo encarar tudo com muito otimismo. Peço aos seres iluminados e ao mestre Jesus, seriedade, paciência e muita fé, para que todo esse processo tenha êxito. Pois agora, só depende de mim.
*Crioterapia capilar:é uma touca de plástico e é recheada com gel térmico que atinge, em média, -4ºC e atua com o princípio da vasoconstrição, ou seja, a baixa temperatura estreita os vasos sanguíneos, diminuindo o fluxo de sangue no local. É usada para pacientes durante a sessão de quimioterapia, afim de preservar o couro cabelo impedindo a queda do cabelo.
** O cateter é um tubo especial, inserido numa veia maior, conectado a um reservatório que fica implantado embaixo da pele. A utilização desse dispositivo facilita o tratamento quimioterápico venoso, já que não é preciso fazer punções repetidas para conseguir atingir uma veia. É indicado quando o tratamento quimioterápico for de longa duração e de acordo com as condições de acesso às veias do paciente. Ele tem a finalidade de facilitar a administração venosa do medicamento.
ANTES DEPOIS
ICESP - Fazendo a Doação
Crioterapia capilar
Imagem disponível em: <http://www.dino.com.br/releases/resfriamento-do-couro-cabeludo-atua-na-prevencao-da-queda-de-cabelo-por-quimioterapia-dino890124861131> Consulta realizada em 02/07/2018.